A ética é uma das bases fundamentais da democracia. Quando falamos de política, entendemos que os candidatos devem seguir princípios básicos de integridade, honestidade e transparência. Infelizmente, porém, nem sempre é assim que as coisas acontecem. A corrupção é um mal que assola o mundo político, e é por isso que a eleição não se ganha se toma.

O que queremos dizer com isso é que um candidato só deve ser eleito se conquistar de fato o mandato através da escolha livre e consciente dos eleitores. Se ele recorre a práticas ilícitas, como a compra de votos, a distribuição de favores ou a falsificação de resultados, ele não está respeitando a ética, e sim tomando a eleição na marra.

A corrupção tem efeitos muito negativos na sociedade. Além de comprometer a legitimidade das instituições políticas, ela gera um clima de desconfiança e desalento nas pessoas. Os eleitores se sentem desiludidos e desanimados, pois percebem que suas escolhas não irão mudar nada, e que o jogo está viciado em favor de quem tem mais recursos e poder.

Por outro lado, quando os candidatos são honestos e transparentes, a eleição ganha um novo sentido. Os eleitores podem escolher entre diferentes propostas e ideologias, sem medo de serem manipulados ou coagidos. Eles têm a certeza de que sua opinião é respeitada, e de que podem confiar no processo eleitoral.

Infelizmente, a realidade é bem diferente do que gostaríamos. No Brasil, por exemplo, a corrupção é um problema crônico, que afeta todas as esferas da vida pública. Desde as emendas parlamentares até as concessões de serviços públicos, tudo parece estar sujeito a negociatas e esquemas fraudulentos.

Por isso, é fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combater a corrupção. Isso implica em cobrar mais transparência dos políticos, exigindo que eles revelem suas fontes de financiamento e seus compromissos com os eleitores. Implica também em pressionar o poder público para que investigue e puna os casos de corrupção, sem medo de represálias ou pressões políticas.

Além disso, é importante que a sociedade civil se organize para fiscalizar o processo eleitoral, denunciando possíveis irregularidades e apoiando os candidatos que se comprometem com a ética e a transparência. É necessário que cada um de nós faça a sua parte, participando da vida política do país e se informando sobre as propostas e ideias que circulam no debate público.

A eleição não se ganha se toma. É preciso lembrar que a democracia é um valor fundamental da sociedade, e que ela depende da participação de todos. Quando aceitamos a corrupção como algo inevitável, estamos contribuindo para a degradação da vida pública e para a perda da nossa cidadania. Não podemos deixar que isso aconteça.